Olá, queridos e queridas estudantes;
espero que estejam bem!
Estamos em maio, mês que, em 1888,
era decretada a Lei Áurea que colocava fim ao processo de escravização da
população de descendência africana no Brasil.
Proponho a seguinte reflexão sobre o
tema:
A INSERÇÃO DOS EX-ESCRAVIZADOS NA SOCIEDADE BRASILEIRA APÓS A ABOLIÇÃO
É consenso entre os historiadores que
o Estado brasileiro não se responsabilizou pelo destino dos ex - escravizados após a abolição. Contudo, as estratégias dos
ex-escravizados para obterem meios de ganhar a vida é motivo de debate. Até o
início da década de 2000, a maior parte dos pesquisadores do tema acreditava
que a quase totalidade dessas pessoas teriam migrado para as cidades. Nos
últimos anos, contudo, alguns historiadores têm questionado essa visão, o
historiador Álvaro Pereira do Nascimento chama a atenção, inicialmente,
para o fato de que o tipo de atividade em que os ex-escravizadosse engajavam dependia
da realidade local. E afirama que, se grende parte dos libertos migrou para as
cidades, parcela significativa permaneceu no campo, ou nas mesmas fazendas em
que eram escravizados... normalmente naquele momento, sofrendo outros tipos de
exploração.
A LIBERTAÇÃO Em maio de 1888 veio a Lei Áurea e, 16 meses
depois, como consequência direta das contradições que vivia o País, a
República.
Com a abundância de mão de obra imigrante, os ex-cativos acabaram por se constituir em um imenso exército industrial de reserva, descartável e sem força política alguma na jovem República.
Os fazendeiros – em especial os cafeicultores – ganharam uma compensação: a importação de força de trabalho europeia, de baixíssimo custo, bancada pelo poder público. Parte da arrecadação fiscal de todo o País foi desviada para o financiamento da imigração, destinada especialmente ao Sul e Sudeste. O subsídio estatal direcionado ao setor mais dinâmico da economia acentuou desequilíbrios regionais que se tornaram crônicos pelas décadas seguintes. Esta foi a reforma complementar ao fim do cativeiro que se viabilizou. Quanto aos negros, estes ficaram jogados à própria sorte.
A esse respeito, Celia Maria Marinho de Azevedo lembra que:
“A força de atração destas propostas imigrantistas foi tão grande que, em fins do século, a antiga preocupação com o destino dos ex-escravos e pobres livres foi praticamente sobrepujada pelo grande debate em torno do imigrante ideal ou do tipo racial mais adequado para purificar a ‘raça brasílica’ e engendrar por fim a identidade nacional”.
Com a abundância de mão de obra imigrante, os ex-cativos acabaram por se constituir em um imenso exército industrial de reserva, descartável e sem força política alguma na jovem República.
Os fazendeiros – em especial os cafeicultores – ganharam uma compensação: a importação de força de trabalho europeia, de baixíssimo custo, bancada pelo poder público. Parte da arrecadação fiscal de todo o País foi desviada para o financiamento da imigração, destinada especialmente ao Sul e Sudeste. O subsídio estatal direcionado ao setor mais dinâmico da economia acentuou desequilíbrios regionais que se tornaram crônicos pelas décadas seguintes. Esta foi a reforma complementar ao fim do cativeiro que se viabilizou. Quanto aos negros, estes ficaram jogados à própria sorte.
A esse respeito, Celia Maria Marinho de Azevedo lembra que:
“A força de atração destas propostas imigrantistas foi tão grande que, em fins do século, a antiga preocupação com o destino dos ex-escravos e pobres livres foi praticamente sobrepujada pelo grande debate em torno do imigrante ideal ou do tipo racial mais adequado para purificar a ‘raça brasílica’ e engendrar por fim a identidade nacional”.
Com relação a essas reflexões, questionamos:
a)
Que visão sobre a inserção dos ex-escravizados
nas atividades urbanas é criticada pelo historiador Álvaro Pereira do Nascimento ?
b)
Por que, no seu entendimento, a importação do
trabalhador europeu foi bancada e incentivada
pelo poder público?
c)
Construa uma reflexão sobre o tema. (Mínimo
cinco linhas)
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